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Alunos e professores denunciaram irregularidades
Nesta quarta-feira se completou 50 dias da ocupação da reitoria da Unir. Professores e estudantes do campus da universidade na capital rondoniense, onde são ministrados 28 dos 54 cursos da instituição, estão em greve há mais de dois meses. Entre as denúncias feitas por estudantes e professores em um dossiê enviado a Brasília estão fraude em concurso e mau uso de verba pública. Caso a comissão encontre indícios de improbidade administrativa, segundo o MEC, os servidores públicos envolvidos responderão a processos administrativos. Em entrevista ao G1 na última sexta-feira (17) o reitor da universidade havia negado o envolvimento com as acusações apuradas pela comissão de sindicância e afirmou que o movimento grevista é liderado por ?um grupo pequeno e muito radical? ligado a partidos que ?pregam a luta armada?. Para o Amaral, ?eles não aceitam dialogar com qualquer instituição?. Um laudo do Corpo de Bombeiros concluído em 21 de outubro e solicitado pelo comando de greve detectou 25 irregularidades nos prédios da instituição. No documento, os peritos afirmam que, ?paralelamente ao crescimento da Instituição, não vem acontecendo a execução dos serviços de manutenção das construções existentes, acarretando sua gradativa deterioração?. O resultado, segundo o laudo, inclui prejuízo às atividades de ensino ?riscos à segurança de alunos, professores e funcionários?. Um dos principais riscos, segundo o Corpo de Bombeiros, é a quase inexistência de sistemas de combate a incêndio e pânico: falta água na tubulação e mangueiras dos sistemas de hidrantes, os extintores instalados estão com a data de validade vencida, as saídas de emergência estão trancadas ou obstruídas, os sistemas de sinalização, quando existem, estão em locais impróprios ou fora da padronização, e não há sistema de alarme ou de iluminação de emergência, diz o laudo. Sobre o laudo, o reitor afirmou que foi informado de sua existência pela imprensa e que repassou o documento ao setor de engenharia para incluir, nas licitações já em andamento, as reformas solicitadas. Ainda de acordo com Amaral, os extintores já estão sendo substituídos. COMISSÃO DE APOIO - Para tentar mediar a situação em Rondônia, o MEC criou uma comissão de apoio à Unir, que se reúne periodicamente com representantes da reitoria e de estudantes e professores para acelerar a resolução dos problemas no campus que, segundo o reitor, são ?históricos?. Amaral afirma que há um déficit de 490 técnicos no quadro de funcionários e que essa situação só pode ser resolvida com a aprovação de um projeto de lei que tramita no Congresso Nacional, já que ele não pode abrir vagas no funcionalismo público. Ainda de acordo com ele, a relação de um professor para cada 40 alunos na Unir é mais que o dobro da razão 1 para 18 recomendada. No dia 5 de outubro, vinte dias após o início da greve, um grupo de cerca de 300 estudantes ocupou o prédio da reitoria, em Porto Velho, como forma de protesto contra a gestão do reitor José Januário de Oliveira Amaral, no cargo desde 2007. Ele foi reeleito em 2010 para um mandato que deve durar até fevereiro de 2015. No mesmo dia, a Justiça acatou o pedido de reintegração de posse feito pela reitoria. Passados mais de 45 dias, porém, o prédio segue ocupado pelos alunos, em esquema de revezamento. Segundo a reitoria, a Polícia Federal não dispõe de efetivo policial suficiente para realizar a desocupação. A falta de efetivo fez com que grevistas e apoiadores do reitor entrassem em um pé de guerra que já rendeu um professor e dois estudantes detidos, além de denúncias de ameaças feitas a pelo menos 25 professores e 13 estudantes. ...


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